O Futuro que foi Passado!

 





« O passado não leva para trás, mas sim impulsiona para a frente e, ao contrário do que se poderia esperar, é o futuro que nos conduz para o passado» Hanna Arendt.

E o que escreve VALLEJO, Irene (em o Infinito NUM junco) a pag. 373 (cap. 40)? : 

- «Demonstram que o novo mantém com o velho uma relação mais complexa e criativa do que parece à primeira vista». 

Talvez se discorde de Irene quando ela escreve: «...costumamos esquecer a miséria de outra épocas, em parte porque a literatura , a poesia e as lendas celebram aqueles que viveram bem e esquecem quem se afogou no silência da pobreza. Os períodos de escassez e de fome foram mitificados e até lembrados como eras douradas de simplicidade pastoril. Não foram assim,» 

Por que esta minha dúvida impertinente? porque, apesar de não vivermos em pobreza na Europa estamos  a assistir e a viver uma acessibilidade quase universal (uma minoria fica sempre de fora...) a redes sociais e afins onde Todos/Todas escrevem, ao momento ou de forma refletida, sobre Tudo e sobre Todos,. Não é Literartura, embora também lá encontremos s páginas e escritos de grandes autores/escritores. Poesia, menos, mas esta já não tem o papel que chegou a ter na antiguidade. (aprende-se no Livro de Irene que antes da escrita os povos usavam a oralidade e odesenho para comunicar). E Lendas?! bem, isso é o que predomina, dependendo do conceito e interpretação que lhes damos. Vallejo escreveu este Livro em 2020, vivenciando a pandemia da Covid19 mas, singularmente, escassamente se refere à evolução da escrita para as redes sociais e até para os veículos de comunicação rápida (com imagem!) como os whatsapp, telegramm, messenger, etc e tal...   Bom e ainda não adivinharia o advento de escrita robotizada e de máquinas pensantes. Quem escreve hoje tantos artigos nos jornais? Que futuro para os jornalistas? (sobre o dos profressores também já muito e algo escevi)
O que ficará para o futuro?
No presente, vemos, ouvimos e lemos, uma enxurrada de dislates e mentiras que distorcem a história e os factos que muito dificultam o papel dos ensinantes e fazedores de opinião (que também estes foram substituidos por indigentes conhecedores de Tudo e que não sabem «rien de rien»). Será que as máquinas (como escreve e descrevem as mui sabedoras: chatgpt, google, wikipedia, ) serão, no final das contas, o garante da verdade? 
Tenho para mim que o livro e a leitura continuarão indispensáveis para a forma humana. Mas, não viverei o suficiente para o avaliar. Ou, talvez, se a aceleração ainda for maior, o que é possível sim, com o advento da IA.  

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