PASSAGEIRO CLANDESTINO V - Mário Dionísio - edição CasadaAchada - 1983/1989 (ano da sua morte)
https://www.museudoneorealismo.pt/agenda/evento/apresentacao-do-livro-passageiro-clandestino-v
O museu do Neorealismo, situ em VFX (já visitaram? Ali se conhece uma parte relevante da história da Arte e da Literatura portuguesas) e a Casa da Achada têm história comum e muitas histórias partilhadas.
A de ontem, na apresentação do diário de Mário Dionísio na sua versão última e derradeira, foi um testemunho dessa muito rica vivência Comum.
O Passageiro Clandestino (que título bem encontrado!) é o Diário de Mário Dionísio escrito entre 1950 e 1983. Mário Dionísio de Assis Monteiro (Anjos, Lisboa, 16 de julho de 1916 — Lisboa, 17 de novembro de 1993) foi um crítico, escritor, pintor e professor português.
Segundo a Achada: " O volume V
do diário Passageiro Clandestino de Mário Dionísio incide sobre a
década de 80 do século XX, quando Portugal e o mundo viviam uma
assinalável transformação, preparando a globalização cujos efeitos se fizeram sentir profundamente a partir deste milénio. Tratando-se de um
registo pessoal de vivências do quotidiano ligadas ao que acontecia e
Mário Dionísio destacava, este volume agora editado introduz o leitor
numa reflexão sobre temas que juntam e cruzam o público e o privado, a
análise crítica e o aprofundamento existencial de inquietações e
perplexidades perante o eu e o mundo".
Paula Morão (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) dissertou longamente, a pedido, sobre o modo conceptual de um Diário e apresentou vários exemplos de autores portugueses. Aprender com quem sabe é ótimo e o tempo é bem empregado.
Já Luís Trindade (Universidade NOVA de Lisboa), fez-nos viajar aos anos 80 e focou na época e na vivência do autor e das suas angústias e preconceitos. E ajudou-nos a melhorar a nossa perceção sobre a utilização das redes sociais para a difusão das mensagens fascistas dos nossos dias e a nossa atitude de combate e de presença.
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