Universidade Aberta -MD e a sua ação na criação da Universidade Aberta - Mário Dionísio/Eduarda Dionísio - Passageiro clandestino IV/Notas I e II

 

MÁRIO DIONÍSIO

PASSAGEIRO CLANDESTINO IV

capa Passageiro Clandestino IV 

4º volume do diário inédito de Mário Dionísio (1974-1980)

com apontamentos de viagens de 1976 e 1978
Com introdução de Eduarda Dionísio e índice de nomes e assuntos.

 

264 pp

 

Col. Mário Dionísio 14

Edição Casa da Achada – Centro Mário Dionísio

Abril 2023




MD e a sua ação na criação da Universidade Aberta (UAb)

Uma comissão ad-hoc (muito em voga na época) propôs a criação de uma UAb ainda em 1975 e convidaria (por Fernando Bragança Gil) para reitor MD. Este estudou o assunto e recusou, apresentando razões.
Nas NOTASI (nota 223 a p.249) ED explicita bem este tema, referenciando o DL 146/76 que criava a UNIABE, por proposta do MEIC, então o major Vítor Alves.
Relevo aqui alguns extratos assinalados por ED na referida nota:
«.....A UAb nao deverá aparecer como uma entidade afastada, mas como um elo entre todas as universidades e escolas superiores.....que utilizará, essencialmente, como canais de comunicação pedagógica os sistemas de multimedia de EAD (ensino a distância)....e é dirigida preferencialmente aos trabalhadores...»
Acontece que não saiu do papel, inclusivé por pareceres negativos do conselho de reitores,  e esse tal DL foi supenso (governos de MS).
A UAb viria finalmente a ser fundada em 1994 e começou a emitir cursos em 1990. A sua (re) génese advém da publicação do DL 444/88 (2 de dezembro) or proposta de Roberto Carneiro. Hoje é, por excelência, uma universidade de ensino a distância de conteúdos em língua portuguesa.

Roberto Carneiro (RC)

Lembro aqui  e agora que o conheci quando o convidei para ser Presidente da IV Conferência Europeia de eLearning que, ainda e apenas uma mera hipótese ,me animou com as palavras: "sabe, o eLearning já era....". Entendi a mensagem e imaginei que essa Conferência teria que ir muito para além do eLearning. E foi....

Ao tempo governava o PS com José Sócrates e eu recebi o «aconchego» de Carlos Zorrinho que era o Lider do Plano Tecnológico. 
Fui mais adiante e encontrei na AIP/COPRAI o terreno onde poderia lançar a semente à terra.   
Sabia bem, que a Comissão Europeia realizava e financiava, todos os anos uma Conferência deste tipo durante a presidência do estado membro que presidia ao Conselho da União Europeia. Pois, usei esse motivo para me "fazer à estrada" e concretizar o sonho em realidade e fazer do impossível uma missão.
E pronto lá aconteceu a: 

«under the general umbrella ‘Delivering on the Lisbon Agenda’. The Conference is a unique opportunity to address a renewed eLearning role against a backdrop of outstanding challenges facing Europe in the next years.»


Vem isto a propósito de RC.
Quando o convidei conhecia bem o seu reconhecimento nas esferas da Comissão Europeia e da OCDE  na Educação. Ele chefiava e/ou integrava várias equipas de I&D na Europa e também na América Latina. Era um entusiasta pelo ensino a distância. Tinha uma rede de contactos e de organizações e projetos de nível mundial que ninguém em Portugal igualava. Foi generoso na disponibilidade e na ajuda sincera e franca que me foi dando ao longo desse tempo.
Esta Conferência atraiu a Portugal mais de 80 professores e autores de nível mundial, teve a implicação direta da DGEAC e o ipts da CE (JRC de Sevilha), e participaram cerca de 1600 pessoas da àrea de E/&F&A.

Depois de fechada a Conferência e publicado o Livro («proceedings») fiz um trabalho com a sua equipa na AIP. (na altura fiquei como seu consultor para a Formação) Coordenei o estudo e a publicação da primeira abordagem cientifíca em Portugal sobre:
"Reconhecendo a emergência de uma economia baseada no conhecimento e na aprendizagem, a Associação Industrial Portuguesa – Confederação Empresarial (AIP-CE) tomou a iniciativa de, com o apoio do Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da Universidade Católica Portuguesa (UCP/ CEPCEP), levar a cabo um estudo exploratório relativo à “Aprendizagem Informal e Utilização das TIC nas PME Portuguesas”.
www.rcc.gov.pt/SiteCollectionDocuments/Estudo_Aprend-Informal-TIC2010.pdf
www.rcc.gov.pt/SiteCollectionDocuments/Estudo_Aprend-Informal-TIC2001110.pdf

                     







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