EDUCAÇÃO em 1974/75-como se fez a reforma curricular e se atualizaram curricula na Revolução de 25A - Mário Dionísio/Eduarda Dionísio - Passageiro clandestino IV/Notas I e II
MÁRIO DIONÍSIO
PASSAGEIRO CLANDESTINO IV
[Entre Palavras e Cores] Centro Mário Dionísio (centromariodionisio.org)
A curiosidade de saber como se fez a alteração profunda na Educação em Portugal em plena Revolução do 25 de abril encontra neste Livro uma descrição aprofundada, ilustrada e debatida nas NOTAS I de Eduarda Dionísio (ED), filha do autor mas também interveniente no processo porquanto professora do então Liceu Camões e integrante dos debates sobre essa Reforma naqueles anos.
Para mim foi bastante informativo e confirmativo do que sabia: "não foi feita com os pés nem em cima do joelho" como muitos gostam de denegrir o período do PREC (Abreviatura de «processo revolucionário em curso», que ficou daqueles tempos) e tratar tudo por igual.
Eu, militar ainda no último ano da Escola Naval, estava demasiado absorvido e ocupado pois que, além da carga académica não ter sido aligeirada foi assoberbada com mil tarefas de apoio e participação no MFA - movimento das forças armadas. Lembro que o meu estágio de final de curso foi nos ESJ-Estaleiros de S.Jacinto e que, mal terminava o período laboral corria para as dezenas de ações de dinamização cultural (algumas por mim animadas, qual pioneiro iletrado e ignorante!) e de informação sobre o PREC, a preparação das eleições para 25abril1975, e a nova Constiruição da República.
Ora, nessa altura ainda me não passava pela cabeça que, mais tarde, em 1999 iria abandonar a Marinha e seguir a paixão pela E/F/A - Educação/Formação/Aprendizagem. Portanto não estava sequer a par do que se passava no setor da Educação por aquele tempo.
Assim, algumas das linhas que se seguem colhem nos Livros recentemente publicados pela Casa da Achada - centro mário dionísio e que contêm informação profusa sobre o assunto. Eduarda Dionísio (ED) escreve que existem inúmeros documentos no arquivo pessoal de MD, mesmo oficiais, que ele arquivou no seu espólio.
Mário Dionísio (MD) chega a presidente da Comissão para estudo da Reforma Educativa por proposta sua ao Minstsro contrapondo-a ao convite recusado para chefiar o GEP-gabinete de estudos e planeamento do MEC (Ministério da Educação e Cultura, designação substituta do MEN - ministério da educação nacional do período anterior) ficando diretamente dependente (condição sua) do gabinete do ministro e com possibilidade de recurso aos serviços técnicos do GEP. Começa a trabalhar em 18/06/1974 e tem 60 dias para colocar em ação o Plano por si desenhado.
Imaginem a loucura de trabalho que não terá sido o desta comissão para dar os trabalhos por concluidos em 22/08/1974 com a apresentação de relatório (nota 119 das Notas I de ED, das págs 114 e seguintes).
Naqueles dias, todos (?!) nós dormíamos muito pouco e aprendiamos muito depressa....
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