RH online - Machine learning: aquela máquina!....aprende. Ou da evolução silenciosa das machine learning - 07setembro 2016

 

Rhonline – setembro2016




Machine learning: aquela máquina!....aprende.

Ou da evolução silenciosa das machine learning


Na última semana de Junho deste ano houve algumas iniciativas que procuraram refletir e chamar a atenção para o futuro das profissões. A participação em três delas resolve este artigo.

A abordagem em todas as sessões evidenciou uma realidade emergente de que muitos de nós não damos conta. E, no entanto, elas refletem-se em todas as nossas vidas e, muitas vezes, de forma dramática e nem sempre feliz. E, muito nas organizações, empresariais e outras, que empenham os Países a nível global.

The research, ‘Future of Work in the Digital Age’ by KU Leuven and Utrecht University reveals the labor market is in the midst of drastic changes. Foi este estudo que apoiou o Relatório anual da Ranstadt 2016 “future of work in the digital age:evidence from OECD countries”.

O estudo da apdsi - O Aprofundamento da Era Digital - Um cenário para 2030. Um Trabalho produzido pelo Grupo “Futuros da Sociedade da informação” da APDSI editado em 10 de Junho de 2016 e que teve um seminário de divulgação e discussão.

The Future of Jobs: - Employment, Skills and Workforce Strategy for the Fourth Industrial Revolution publicado em janeiro (2016) pelo WEF-World Economic Forum foi talvez a fonte donde jorraram tais afluentes.

Do estudo da apdsi retiro esta pregação (Cenários, Pedro Miguel Ribeiro, UMA HISTÓRIA DO QUOTIDIANO EM 2036 in O Aprofundamento da Era Digital - Um cenário para 2030 .Pág. 41 de 45 ):

Vasco lembra-se de uma mensagem do filho...

Está a estudar este semestre na secundária Ahmed Merabet, em Paris: uma escola internacional com o nome do polícia muçulmano morto durante o ataque ao Charlie Hebdo.

Faz estes seis meses de aulas em francês e em inglês enquanto acompanha on line as matérias do 11º ano actual, validadas pelo Tutor Diogo Freitas: um simpático senhor de 70 anos que aceita alunos de toda a parte do mundo via plataforma virtual.

Se fosse há 20 anos, já ninguém lhe pegava! Com esta idade...”

Foi uma das medidas mais polémicas do governo federal europeu: a alocação de parte dos recursos da segurança social dos vários países para a criação de “empregos sénior” para a população até aos 78 anos.

E esta outra:

.dedo sobre o tampo vitrocerâmico da mesa que, imediatamente, faz o reconhecimento dos dados e os envia para a Fast-Breakfast.

- Não percebo como preferes a comida que te é trazida por essa engenhoca. Comenta Diana, em tom reprovador.

- Não embirres... sabes o quanto aprendi a gostar de engenhocas.

- A impressora começou a trabalhar há pouco, estavas à espera de alguma coisa?

Já na mesa do pequeno almoço, vê o drone com a sua refeição a entrar... o preço do serviço será debitado na sua conta após reconhecimento da sua impressão digital. “


Agora um extrato do cenário de introdução da versão em Português do Livro de Tony Bates, Educar na Era Digital (2016, 1º Edição S.Paulo, Artesanato Educacional e ABED) que, brevemente, terá uma edição em Língua portuguesa:- “Queremos ter pelo menos 50% de todas as aulas com ensino de forma híbrida nos próximos cinco anos”. A princípio, achei que poderia li­dar com isso (escreve um professor sobre o seu Reitor)— já tenho usado AVAs para fazer backup das minhas aulas, mas quando ele disse que isso significava oferecer o mesmo conteúdo em diferentes cursos e eliminar a maioria das aulas, realmente comecei a me preocupar. Ele começou a divagar sobre a necessidade de servir a todos os tipos de aprendizes, dos entrantes no ensino médio até os adultos em for­mação continuada e que ensinemos em equipes, com um membro sênior da faculdade como um consultor. Ora, se ele acha que vou deixar alguns dos idiotas do departamento decidir o que vou ensinar, está completamente louco. A parte assustadora é que parece que o reitor realmente acredita em todas essas besteiras.

Mas comecei mesmo a entrar em pânico quando ele disse que todos nós teríamos que passar a participar de cursos sobre como ensinar. Recebo boas avaliações dos alunos — eles adoram minhas piadas — e NÃO tenho nin­guém me dizendo como devo ensinar minha matéria. Sou um dos melhores pesquisadores na minha área neste país, e o que é que a administração sabe sobre como ensinar? Além disso, onde vou arrumar tempo para fazer cur­sos? Já estou trabalhando direto! Por que eles não nos deixam em paz e con­fiam que continuemos com o trabalho que somos pagos para fazer?”


Pois é, as máquinas aprendem e nalguns casos ultrapassam mesmo a capacidade humana. Sim , temos de as controlar. Não, a governação do Planeta Terra já não consegue impedir o seu domínio evidente. Deram por ela? Ou são passivos recetores dum mundo que evolue sem a nossa participação?


Uma Capa da Revista Machine Learning editado pela Springer (USA) desde 1986 (Publicado o Vol. 104 -Jul a Set 2016).


Segundo a wikipedia Machine learning ou aprendizagem de máquina (ou também aprendizagem automática), como aparece traduzido, é um subcampo da ciência da computação que se desenvolveu a partir do estudo de reconhecimento de padrões e da teoria da aprendizagem computacional em inteligência artificial. Em 1959, Arthur Samuel (1901-1990) foi o pioneiro e tudo começou com o jogo do xadrez que acabou por vencer o humano. Lembram? Ele definia aprendizagem de máquina como um "campo de estudo que dá ao computador a capacidade de aprender sem ser programado de forma explícita ". A aprendizagem automática explora o estudo e construção de algoritmos que podem aprender e fazer previsões sobre os dados. Tais algoritmos operam através da construção de um modelo de entradas exemplares, a fim de fazer previsões baseadas em dados ou decisões, em vez de seguir as instruções do programa estritamente estáticos. Machine Learning – aprendizagem automática segundo Pedro Domingos (ex-Profº do IST/Lisboa), The master Algorithm, Universidade de Washington, 2016) “....Os algoritmos de aprendizagem que temos hoje em dia já são muito poderosos, mas são uma coisa ínfima comparado com o que está para vir....”

Um curso sobre Machine Learning está a ser fornecido pela Universidade de Stanford (https://www.coursera.org/learn/machine-learning) ministrado por:    Andrew Ng, Associate Professor, Stanford University; Chief Scientist, Baidu; Chairman and Co-founder, Coursera (em modalidade MOOC). A definição base que aparece é: “A Aprendizagem Automática é a ciência que faz com que os computadores exerçam seu papel de forma natural sem que pareçam explicitamente programados para tal. “

No youtube o tema é largamente presente (ver em https://www.youtube.com/results?search_query=machine+learning>) com oferta muito variada e profícua. Por exemplo

Machine Learning: Making Sense of a Messy World (https://www.youtube.com/results?search_query=machine+learning.)

Machine Learning, Tom Mitchell, McGraw Hill, foi publicado em 1997 e o autor define: Machine Learning is the study of computer algorithms that improve automatically through experience. Applications range from datamining programs that discover general rules in large data sets, to information filtering systems that automatically learn users' interests.

E será que não vemos o que é já evidente? Ou a sempre a certeza de adiarmos o que nos é inevitável conhecer e adotar. Elas andam por aí...

Etelberto Costa

07setembro 2016


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