RH online/Tema Central - textos publicados em 2016
Rhonline –
18janeiro2016
Boas Práticas para que vos quero!
O
projeto LLL-HUB que a APG integra e de cujas iniciativas, produtos e resultados
temos vindo a dar conta aos leitores[1] está
agora num dos seus momentos relevantes. A seleção de 3 boas práticas a serem
apresentadas por cada País da parceria (num total de 18 esperadas) durante a
Àgora a realizar na Bélgica entre 07 e 09 de Março.
O Júri
nacional teve a sua seleção baseada em critérios e grelha e foi constituída
como referência para a parceria europeia. Foram ganhadoras os casos da Carris (ADVANCIS); das carreiras
aeronáuticas (Inova mais) e o storytelling
de Alice Duarte descrito por Anícia Trindade.
Durante
a Àgora além dos representantes da parceria estarão em interação os 15
especialistas de cada País parceiro bem como representantes da CE/DGEAC - Directorate-General for Education and Culture e da DG for Employment,
Social Affairs & Inclusion e representantes das plataformas,
stakeholders e das redes europeias de
ALV-aprendizagem ao longo da vida que a LL-P- LifeLong Learning Platform (ex.Eucis LLL) agrega.
A ALV representa uma mudança
de paradigma[2] que exige, por sua vez uma
mudança cultural dentro das instituições de ensino e formação. A ALV representa
simultaneamente uma mudança radical a partir de normas e padrões de
aprendizagem existentes, quando comparado com a educação front-end tradicional.
Atingir benchmarks UE exige medidas eficazes para implementar a
aprendizagem ao longo da vida.
Os três casos nacionais
Aprendizagem
ao Longo da vida - adaptabilidade de trabalhadores ao seu local de trabalho em
mudança (caso CARRIS apresentado por Advancis
business services)
Esta prática reflecte a acção de uma
grande empresa Portuguesa na gestão de Recursos Humanos perante as restrições
legais impostas no país e as alterações demográficas globais.
Desde 2012, os esquemas de pré-reforma
estão suspensos e em 2013 a idade mínima para reforma aumentou para 66 anos de
idade. O impacto destas decisões na gestão interna obriga a empresa manter os
seus colaboradores seniores, que veem a idade de reforma adiada, mas cumprindo
a condição governamental para diminuir a sua força de trabalho em 20%, em
quatro anos. Desta forma, a CARRIS conhece um novo desafio: como recolocar
estes colaboradores na CARRIS?
A CARRIS responde a este desafio como
uma oportunidade para organizar o seu plano de sucessões e preparar as gerações
futuras. Como boa prática, a CARRIS adoptou estratégias de retenção construindo
uma força de trabalho etariamente diversificada. A experiência e o conhecimento
dos colaboradores seniores são valorizados e transferidos formalmente para
novos colaboradores através de programas de mentoring
e tutoria.
Promover as carreiras aeronauticas (Inova
mais)
Esta prática inclui 3 iniciativas
co-financiadas pela Comissão Europeia, implementadas em vários países da UE,
para motivar os jovens Europeus (rapazes e raparigas) a enveredar por opções de
estudos e carreira na área aeronáutica. Para atingir este obetivo, foram
promovidas diversas atividades com o objetivo de: (i) promover um diálogo
informal e interações entre a comunidade de investigação, indústria
aeronautica, escolas e instituições de ensino superior; (ii) identificar as
principais barreiras a uma adequada preparação dos actuais e futuros
trabalhadores do setor aeronáutico; (iii) proporcionar uma formação adequada e
possibilidades de colaboração; (iv) divulgar [futuras] carreiras no setor
aeronautico.
A indústria aeronáutica é um motor da
coesão e competitividade europeias, exigindo uma força de trabalho altamente
qualificada e inovadora, assim como um trabalho de preparação e antecipação.
Com uma população a envelhecer e diminuição dos grupos etários mais jovens, a
falta de pessoal qualificado pode afetar o setor no futuro, senão houver um
esforço conjunto para mudar a situação. Assim, é crucial atrair e preparar
adequadamente as crianças e os/as jovens desenvolver as competências
necessárias ao setor aeronáutico.
Storytelling no reconhecimento de aprendizagem de adultos – O caso Alice Duarte por
Anícia Trindade
Neste estudo de caso pretende-se
apresentar e reflectir sobre a importância das histórias de vida no processo de
reconhecimento da educação de adultos. De facto, no sistema Português essa
visibilidade iniciou-se em 2001, quando se inicia o reconhecimento de
competências informais adquiridas em contexto de aprendizagens informais. Como
investigadora acredito que qualquer pessoa adquiriu importantes competências
que, por vezes, a educação formal e não-formal não podem proporcionar.
Então, é importante criar um contexto de
áreas de competência com base nas aprendizagens informais e definir os temas
específicos da vida do indivíduo, que nos permitam compreender a relação direta
entre história de vida (aprendizagem informal) e a aplicabilidade prática que
tem no dia-a-dia do adulto como um ativo ator da sociedade, que modifica
e aprimora a sua contribuição com as suas aprendizagens adquiridas ao longo do
seu percurso de vida. A narrativa apresentada neste estudo de caso foi
concebida tendo por base base o sistema Português de Reconhecimento de
Competências (2007) para o nível básico, cujo o objeto de estudo é o LLL –
Learner.
Rhonline - 18janeiro2016
Projeto Europeu LLL HUB: um contributo na direção da mudança do paradigma europeu de educação/formação.
A APG esteve na génese da criação da
ETDF(european training and development federation) e foi decisiva na sua
extinção em 2013 e passagem à eApril. É muito daí que vem a sua honorabilidade
e reconhecimento que se repercute a nível nacional nas transferências de
inovação, saberes e competências que dali decorrem. O caso LLL-HUB (www.lll-hub.eu) , é apenas o seu mais recente
exemplo. Nasceu em 01 de dezembro de 2013 e está na sua parte final. Em todas
as etapas, a APG fez bom uso da sua experiência para dar força e consistência a
muito do que ali se desenvolveu e que vai ser objeto de mostra pública europeia
na Àgora, nos próximos dias 07 e 08 de Março em Mechelen na Bélgica perante uma
audiência muito significativa, quer em número-mais de 300 pessoas vão estar
presentes oriundas de 10 Países europeus e da Turquia-quer em autoridades
europeias responsáveis pelas suas politicas públicas e redes europeias
associadas.
O projecto LLL-HUB permite fazer uma
análise comparativa de oito países da União Europeia e de como eles, através de
uma noção comum de ALV-aprendizagem ao longo da vida, adotam interpretações e
estratégias diferentes, consoante os seus atores políticos. Não só identifica
esta discordância, mas dá também a entender que as diferentes interpretações
produzem uma diversidade de boas práticas e propostas que podem ser exemplo
para os restantes países. Revela, portanto, "os dois lados da moeda".
A
LL-P (Lifelong
Learning Platform - exEUCIS LLL-www.eucis-llll.eu), como plataforma única a
nível europeu que tem audiência com o diretor geral da Agência Europeia (dgeac)
e agrega 39 redes europeias neste dominio, está em boas condições de ser
consequente na exploração das conclusões e recomendações e existe uma boa expetativa dos responsáveis
europeus.
A ambição do projeto e dos parceiros
é a de contribuir para uma visão europeia sobre a ALV que seja alicerce para
garantir o seu futuro e assegurar valor na competição e valorização dos seus
Povos. LLL-HUB é um projecto da UE financiado pelo Lifelong Learning Programme
que pretende iniciar um novo mecanismo para envolver diretamente os decisores
políticos e os atores regionais/nacionais em estratégias da UE para a ALV.
Como surgiu a ideia do projecto e com
que objectivos?
A plataforma europeia LL-P (exEUCIS
LLL - The European Civil Society
Platform on Lifelong Learning) no quadro das suas iniciativas europeias e
da sua missão respondeu a uma call da CE (comissão europeia) - Lifelong
Learning Programme - Key Activity 1 - Policy cooperation and innovation -
"Networks" em 2012, que foi aprovada.
A APG detinha uma Vice Presidência
nessa plataforma europeia e esteve na génese deste impulso que está a dar um
alcance superior à LL-P. O projecto pretende atingir os três seguintes
objectivos transversais:
1. Fomentar um sentido compartilhado
de aprendizagem ao longo da vida;
2. Ativar a nível multissectorial, a
cooperação multi-stakeholders;
3. Estruturar a aprendizagem política
transnacional baseada numa investigação e diálogo a nível regional/nacional
sobre as estratégias de ALV na UE.
Em Portugal, a APG envolveu 15 peritos e outras tantas
organizações, públicas e privadas para esta iniciativa.4 Sem estes parceiros e
estes peritos não se alcançam patamares de qualidade de trabalho impar. A eles
devemos muito e é também por isso que o trabalho associativo é uma afirmação de
cidadania e de valor da APG para o País.
Mas, o que queremos dizer com
aprendizagem ao longo da vida (ALV) ?
Impôe-se esta clarificação porque uma
das evidências que tirámos em Portugal é que o País continua ainda a vivenciar
o paradigma da educação/formação em etapas sequenciais em que a ALV muitas
vezes surge como conceito associado à Educação de Adultos, separada também da
Formação.
As definições sobre educação ao longo da vida variam de acordo com as
perspectivas e prioridades dos formuladores de políticas em um dado momento. A
Comissão Europeia definiu aprendizagem ao longo da vida como "uma
atividade de aprendizagem ao longo da vida, com o objectivo de melhorar os
conhecimentos, habilidades e competências numa perspectiva pessoal, cívica,
social e / ou profissional."
A definição literal da aprendizagem
ao longo da vida é simplesmente 'toda a aprendizagem que as pessoas adquirem ao
longo de toda a sua vida que se adquire em contextos formais, não formais ou
informais." Portanto, a aprendizagem é uma tarefa contínua da sociedade e
do indivíduo, que se estende a todas as áreas da vida "do berço ao
túmulo".
A APG e seus parceiros acrescenta com o LLL-HUB um passo numa visão para a ALV
no País e contribui assim para o diálogo
social estruturado que possa colher vontades junto dos nossos agentes do
Conhecimento e da Cultura.
REFERÊNCIAS
Communication new pririties after Paris Declaration.
http://ec.europa.eu/education/policy/strategic-framework/index_pt.htm
EUCIS LLL (www.eucis-lll.eu) - Tomadas de posição
LLL-Hub.eu
Revista Pessoal - coluna LLL-HUB
Formação ou aprendizagem: mudança de paradigma (2014.
Sousa.M.J, Costa.E)
UNESCO. Learning to be. (1972) -
http://www.unesco.org/education/pdf/15_60.pdf
UNESCO. (1996, 2013). Revisiting Learning: The Treasure WiThin Assessing the influence of the 1996 DeloRs RepoRt
Rhonline – 08abril2016
ALV - Boas Práticas para que vos quero!
O
percurso da mudança em educação/formação proporcionado pela literacia digital,
meios e recursos ionvadores nos processos de aprendizagem, execelência e
quantidade de conteúdos significativos
encaminha e impulsiona a uma aprendizagem aberta e em rede Somos atores e autores da sociedade em rede e
a aprendizagem contínua é o berço que cria essa realidade virtual já visivel
aos nossos olhos.
A ALV representa uma mudança de paradigma[1]
que exige, por sua vez uma mudança cultural dentro das instituições de ensino e
formação. A ALV representa simultaneamente uma mudança radical a partir de
normas e padrões de aprendizagem existentes, quando comparado com a educação front-end
tradicional. Atingir benchmarks UE exige medidas eficazes para
implementar a aprendizagem ao longo da vida.
Recordemos o Relatório conjunto de 2015 do Conselho e da Comissão Europeia sobre a aplicação do quadro estratégico para a cooperação europeia no domínio da educação e da formação (EF 2020) - Novas prioridades para a cooperação europeia no domínio da educação e da formação . Nos novos domínios prioritários relevo o seguinte para o tema aqui tratado: — conhecimentos, aptidões e competências pertinentes e de elevada qualidade desenvolvidos através da aprendizagem ao longo da vida, com ênfase nos resultados da aprendizagem para a empregabilidade, a inovação, a cidadania ativa e o bem-estar; para definir seguidamente que “A qualidade dos resultados da aprendizagem deve ser estimulada numa perspetiva ao longo da vida.” E alerta: - embora uma maioria de Estados-Membros tenha adotado estratégias globais de aprendizagem ao longo da vida, todos os países deveriam desenvolver essas estratégias e assegurar a permeabilidade entre os diferentes níveis e formas de aprendizagem, e entre o ensino e formação e o mundo do trabalho. Tal exige a prossecução dos esforços de coordenação e de parceria entre os diferentes setores da aprendizagem, e entre as instituições de ensino e as partes interessadas pertinentes.
Por sua vez o Monitor da Educação e da Formação de 2015, publicado anualmente pela Comissão, revela que: - um em cada quatro adultos na Europa é apanhado na «armadilha das poucas qualificações», que lhes limita o acesso ao mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, lhes veda a possibilidade de continuarem a frequentar o ensino ou a formação. Apenas 4,4 % dos 66 milhões de adultos que completaram, no máximo, o terceiro ciclo do ensino básico, participam na educação de adultos;
O PNR2016- Plano Nacional de Reformas recentemente
apresentado pelo Governo afirma que: existe um - Défice de qualificações expressivo : 55% dos adultos entre 25-64
anos não completaram o ensino secundário e 45% da força de trabalho possui
poucas ou nenhumas competências digitais e aponta como primeiro pilar
estratégico “Qualificar os Portugueses” e no seu desenvolvimento aponta no eixo
de interevenção “QUALIFICAÇÃO DE ADULTOS “ o
objetivo:
Potenciar a aprendizagem ao longo da
vida
Sendo a METAa alcançar: Taxa de participação de
adultos em ações de Aprendizagem ao Longo da Vida: 15% em 2020; 25% em 2025
(hoje é de 9,2%)
Por sua vez o Programa do xxi Governo constitucional destaca (o que nos
deve fazer crer que não acontece por acaso...) no seu capítulo IV . PRIORIDADE ÀS PESSOAS(pag.91) e surgem pela primeira vez duas
páginas num programa de Governo desde o 25 de abril, “INVESTIR NA EDUCAÇÃO DE ADULTOS E NA FORMAÇÃO AO
LONGO DA VIDA” (p.112):
- Criar
um Programa de Educação e Formação de Adultos que consolide um sistema de aprendizagem ao longo da vida e a sua ação
estratégica para a
próxima década
O projeto LLL-HUB (www.lll-hub.eu) que a APG integra e de cujas iniciativas, produtos e resultados temos vindo a dar conta aos leitores[2] está agora a chegar ao seu final em termos de compromisso com a Comissão que o financiou (31 de maio 2016).
Os
resultados só foram possíveis em Portugal porque assentes numa parceria
nacional que agregou especiallstas de
reconhceido mérito e que associam uma atitude voluntária e de crença nos
valores e nos formatos de trabalho. Para o celebrar e para dar público parecer
a APG
realiza a Sessão de Reconhecimento ao
Saber feito em Portugal em palcos europeus
http://www.apg.pt/index.php?id=838&tbl=noticias&n=1
Tem lugar no próximo dia 15 de abril, sexta feira, na Fundação Calouste
Gulbenkian e aí daremos demosntração das nossa vivências e da alegria e gosto
do trabalho conjunto.
[1] Formação ou aprendizagem: mudança de
paradigma (2014. Sousa.M.J, Costa.E)
http://www.amazon.com/Forma%C3%A7%C3%A3o-aprendizagem-Mudan%C3%A7a-paradigma-Portuguese/dp/3639742141
[2] Coluna LLL-HUB na Revista Pessoal
Rhonline
– setembro2016
Machine learning: aquela máquina!....aprende.
Ou da evolução silenciosa das machine learning
Na última semana de
Junho deste ano houve algumas iniciativas que procuraram refletir e chamar a
atenção para o futuro das profissões. A participação em três delas resolve este
artigo.
A abordagem em todas as
sessões evidenciou uma realidade emergente de que muitos de nós não damos
conta. E, no entanto, elas refletem-se em todas as nossas vidas e, muitas
vezes, de forma dramática e nem sempre feliz. E, muito nas organizações,
empresariais e outras, que empenham os Países a nível global.
The research, ‘Future of Work in the Digital Age’ by KU
Leuven and Utrecht University reveals the labor market is in the midst of
drastic changes. Foi este estudo que apoiou o Relatório anual da Ranstadt 2016 “future of work in the digital age:evidence from OECD countries”.
O estudo da apdsi - O Aprofundamento da Era Digital - Um cenário para
2030. Um Trabalho produzido
pelo Grupo “Futuros da Sociedade da informação” da APDSI editado em 10 de Junho de 2016 e que teve um seminário de divulgação e
discussão.
The Future of Jobs: - Employment, Skills and Workforce Strategy for
the Fourth Industrial Revolution publicado
em janeiro (2016) pelo WEF-World Economic Forum foi talvez a fonte donde
jorraram tais afluentes.
Do estudo da apdsi retiro esta pregação (Cenários, Pedro Miguel Ribeiro, UMA HISTÓRIA DO QUOTIDIANO EM 2036 in O Aprofundamento da Era Digital - Um cenário para 2030 .Pág. 41 de 45 ):
“Vasco
lembra-se de uma mensagem do filho...
Está
a estudar este semestre na secundária Ahmed Merabet, em Paris: uma escola
internacional com o nome do polícia muçulmano morto durante o ataque ao Charlie
Hebdo.
Faz
estes seis meses de aulas em francês e em inglês enquanto acompanha on line as
matérias do 11º ano actual, validadas pelo Tutor Diogo Freitas: um simpático
senhor de 70 anos que aceita alunos de toda a parte do mundo via plataforma
virtual.
“Se
fosse há 20 anos, já ninguém lhe pegava! Com esta idade...”
Foi
uma das medidas mais polémicas do governo federal europeu: a alocação de parte
dos recursos da segurança social dos vários países para a criação de “empregos
sénior” para a população até aos 78 anos.
E
esta outra:
….dedo
sobre o tampo vitrocerâmico da mesa que, imediatamente, faz o reconhecimento
dos dados e os envia para a Fast-Breakfast.
- Não percebo como preferes
a comida que te é trazida por essa engenhoca. Comenta Diana, em tom reprovador.
- Não embirres... sabes o
quanto aprendi a gostar de engenhocas.
-
A impressora começou a trabalhar há pouco, estavas à espera de alguma coisa?
Já
na mesa do pequeno almoço, vê o drone com a sua refeição a entrar... o preço do
serviço será debitado na sua conta após reconhecimento da sua impressão
digital. “
Agora um extrato do
cenário de introdução da versão em Português do Livro de Tony Bates, Educar na
Era Digital (2016, 1º Edição S.Paulo, Artesanato Educacional e ABED) que,
brevemente, terá uma edição em Língua portuguesa:- “Queremos ter pelo
menos 50% de todas as aulas com ensino de forma híbrida nos próximos cinco
anos”. A princípio, achei que poderia lidar com isso (escreve um professor
sobre o seu Reitor)— já tenho usado AVAs para fazer backup das minhas aulas,
mas quando ele disse que isso significava oferecer o mesmo conteúdo em
diferentes cursos e eliminar a maioria das aulas, realmente comecei a me
preocupar. Ele começou a divagar sobre a necessidade de servir a todos os tipos
de aprendizes, dos entrantes no ensino médio até os adultos em formação
continuada e que ensinemos em equipes, com um membro sênior da faculdade como
um consultor. Ora, se ele acha que vou deixar alguns dos idiotas do
departamento decidir o que vou ensinar, está completamente louco. A parte
assustadora é que parece que o reitor realmente acredita em todas essas
besteiras.
Mas comecei mesmo a
entrar em pânico quando ele disse que todos nós teríamos que passar a
participar de cursos sobre como ensinar. Recebo boas avaliações dos alunos —
eles adoram minhas piadas — e NÃO tenho ninguém me dizendo como devo ensinar
minha matéria. Sou um dos melhores pesquisadores na minha área neste país, e o
que é que a administração sabe sobre como ensinar? Além disso, onde vou arrumar
tempo para fazer cursos? Já estou trabalhando direto! Por que eles não nos
deixam em paz e confiam que continuemos com o trabalho que somos pagos para
fazer?”
Pois é, as máquinas aprendem e nalguns casos ultrapassam mesmo a capacidade humana. Sim , temos de as controlar. Não, a governação do Planeta Terra já não consegue impedir o seu domínio evidente. Deram por ela? Ou são passivos recetores dum mundo que evolue sem a nossa participação?
Uma
Capa da Revista Machine Learning editado pela Springer (USA) desde 1986
(Publicado o Vol. 104 -Jul a Set 2016).
Segundo
a wikipedia Machine learning ou aprendizagem de
máquina (ou também aprendizagem automática), como aparece traduzido, é um subcampo da ciência da computação que se
desenvolveu a partir do estudo de reconhecimento de padrões e da teoria da
aprendizagem computacional em inteligência artificial. Em 1959, Arthur Samuel
(1901-1990) foi o pioneiro e tudo começou com o jogo do xadrez que acabou por
vencer o humano. Lembram? Ele definia aprendizagem de máquina como um
"campo de estudo que dá ao computador a capacidade de aprender sem ser
programado de forma explícita ". A aprendizagem automática explora o
estudo e construção de algoritmos que podem aprender e fazer previsões sobre os
dados. Tais algoritmos operam através da
construção de um modelo de entradas exemplares, a fim de fazer previsões
baseadas em dados ou decisões, em vez de seguir as instruções do programa
estritamente estáticos. Machine
Learning –
aprendizagem automática segundo Pedro Domingos (ex-Profº do IST/Lisboa), The
master Algorithm, Universidade de Washington, 2016) “....Os algoritmos de
aprendizagem que temos hoje em dia já são muito poderosos, mas são uma coisa
ínfima comparado com o que está para vir....”
Um
curso sobre Machine Learning está a ser fornecido pela Universidade de Stanford
(https://www.coursera.org/learn/machine-learning) ministrado
por: Andrew Ng, Associate Professor,
Stanford University; Chief Scientist, Baidu; Chairman and Co-founder, Coursera
(em modalidade MOOC). A definição base que aparece é: “A Aprendizagem
Automática é a ciência que faz com que os computadores exerçam seu papel de
forma natural sem que pareçam explicitamente programados para tal. “
No
youtube o tema é largamente presente (ver em https://www.youtube.com/results?search_query=machine+learning>)
com oferta muito variada e profícua. Por exemplo
Machine
Learning: Making Sense of a Messy World
(https://www.youtube.com/results?search_query=machine+learning.)
Machine Learning, Tom Mitchell, McGraw Hill, foi publicado em 1997 e o autor define: Machine Learning is the study of computer
algorithms that improve automatically through experience. Applications
range from datamining programs that discover general rules in large data sets,
to information filtering systems that automatically learn users' interests.
E será que não vemos o que é já evidente? Ou a sempre a
certeza de adiarmos o que nos é inevitável conhecer e adotar. Elas andam por
aí...
Etelberto Costa
07setembro 2016
DUI – Learning by Doing,
Using and Interacting. Neste conceito o I vai para
o valor de pertença a redes na margem da Inovação Aberta. O D é o fator do
colaborador, a sua criatividade ao serviço da organização. O U para a sistémica
da observação do mercado numa perspetiva de aprendizagem continuada.
The other, the Doing, Using
and Interacting (DUI) mode, relies on informal processes of learning and
experience-based know-how. Modes of innovation (Morten Berg Jensena, , ,
-2007)
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