Prefácio LIVRO - A Continuidade de Negócio e a Preparação para a Emergência (25junho2020)

 







EMERGÊNCIA. Do designado Estado de Emergência, decretado em 2020 em plena pandemia, constitucionalmente consagrado em Portugal, todos os cidadãos à sua maneira se apropriaram do seu sentido e, em escassa margem, das suas implicações em deveres e garantias.
NEGÓCIO. A sua continuidade é o bem mais desejado e precioso de quem o detêm. Pegueno, médio ou grande.
Este Livro trata as duas palavras em significado explicitado dando-lhes o sentido de que, para ambas, a continuidade e a emergência, é bom que se esteja preparado e que se façam esforços de antecipação de cenários.
Um Livro à medida do que se gosta em Portugal...tem a papinha toda feita e é só aplicar!
Pois nunca é assim, sabe-se, mas aqui ficam muitas ferramentas, dicas e soluções para problemas que acontecem pouco frequentemente, mas que podem ser destruidores de património avultado e colocar em risco a sobrevivência de organizações (aqui se privilegia esta palavra por ser menos restrita do que empresas) e Pessoas.
Este Livro é ilustrativo do estado da arte em Portugal em matéria de exercícios e simulacros de maior envergadura e do que se vai fazendo, felizmente, no País.
Não traz cenários de solução para PME's de baixo volume de vendas! Mas é certamente para muitas tecnológicas ou de outro negócio, que vivem no constante frenesim das suas Pessoas, em espaços por vezes exíguos, compartilhados e mal preparados para emergências e que, vivendo um Presente sobressaltado, se afirmam não terem tempo para olhar o Futuro e, principalmente, antecipar cenários que permitam à organização dar continuidade ao negócio ou evitar prejuízos maiores por boa resposta a uma emergência.
("A emergência é o exponente máximo do que pode correr mal e temos de reagir eficazmente para minimizar as consequências. (p.17) e mais adiante:- O que nunca aconteceu é deixado para segundo plano, porque nunca efetivamente existiu ou se presenciou...- fazendo com que os gestores adiem decisões, investimentos e outras atitudes, conduzindo as organizações - algumas vezes - à falência (p25)"
É também uma obra que nasce de saber fazer e de muita sabedoria aplicada em situações concretas e em diversas organizações, momentos e situações. Feito por duas Pessoas que se complementam numa co-autoria tratando assuntos aparentemente diferentes mas que emergem e fica claro serem complementares, e assumidos em estilos e formas diferenciadas de expressão. 
Foi escrito num período único da História contemporânea da humanidade. O Mundo foi avassalado por uma doença (a COVID 19) que de forma fulminante entrou como uma pandemia em todos os Países. Os autores não deixam de se refir a ela, na oportunidade. Várias organizações fecharam portas e foram “apanhadas de calças na mão” sem soluções de contingência. Os planos de preparação para a emergência foram implementados e salvaram muitas vidas em muitos casos. As Lições aprendidas são de tal modo profundas, que só com muito trabalho de recolha de informação ( os Dados e a sua Ciência evidenciaram a sua importância e utilidade para a tomada de decisão), análise critica, podem a humanidade e o País enfrentar o Futuro com melhores soluções. Desta vez foi na Saúde. Mas amanhã pode ser um terramoto/maremoto ou uma disrupção cilmática.
Porque é importante criar uma cultura educacional de aprendizagem ao longo da vida para a emergência?
O que se está a fazer nas Escolas é um começo, mas ainda muito insuficiente e muitas vezes até, incipiente e, principalmente não sistemático. E a falhar nas Universidades/Politécnicos, tanto quanto tenho observado, muito distantes do seu papel de Liderança, que passa por darem exemplo e cooperarem na formação em Portugal dessa cultura educacional para a emergência e a continuidade do negócio.
"As aprendizagens e os comportamentos são treinados e preparados para situações de rotina, normalmente ocorrem sem muita pressão e sem a presença de fenómenos como o "medo", permitindo "pensar", raciocinar, elaborar uma resposta. Um cenário de emergência não tem esta janela de oportunidade, não permite "pensar", mas sim reagir, normalmente próximo dos padrões do que foi treinado/exercitado (p.18)"
Devemos considerar, enquanto Povo e Europeus,  que a existência de Planos e de ações que façam convergir na ação e na atuação os estados-membros perantes situações de emergência ou de recuperação de negócio,- que foi tão evidente e clara na pressão de diversos lideres mundiais para colocar a economia adiante da salvaguarda sanitária-, não são perda de soberania, antes ação coordenada e de Liderança reconhecida. Quando não há capacidade ou competência para cada estado por si só salvaguardar a vida e os bens das suas Pessoas fica patente que perdemos todos e muito.
"temos de pensar e planear respostas muito para além deste ponto - das emergências - porque é expetável que a atividade continue e que queiramos manter e recuperar a atividade, isto é, garantir a Continuidade do Negócio. (p.18/19)"
As respostas e soluções que se oferecem neste Livro são fruto de muito trabalho e experiência de saber fazer e colocá-las a o serviço de quem desejar é um ato de nobreza e de bondade de partilha de um conhecimento que se reconhece sempre em construção e feito de novas aprendizagens. Damos pois as boas vindas a esta obra oportuna e sensível augurando-lhe as melhores venturas e apreciações dos seus leitores e utilizadores.
Lisboa, 25 de junho de 2020 Etelberto Lopes da Costa

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