Fórum Futurália 2020 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: APRENDER, TRABALHAR E COMPETIR - 31março2017
Fórum Futurália 2020
4ª REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL:
APRENDER, TRABALHAR E
COMPETIR
Os
atores do diálogo social e outras partes interessadas perspetivam a educação, o
emprego e a juventude
1. O Contexto
A Futurália é uma iniciativa da Fundação AIP que em
2017 assinala a sua 10ª edição, tendo como missão confrontar a juventude com as
suas opções quanto ao futuro tanto a nível académico como profissional,
colocando em interação instituições, empresas, governo e em particular a
academia e outros centros de saber. Contempla uma parte exposicional e de
demonstração num espaço superior a 20 mil m2. Complementarmente
à feira, a Futurália vai passar a realizar um Fórum de reflexão e de debate
visando antecipar tendências e marcar posição sobre temas centrais em torno da educação e formação ao longo da vida,
emprego e juventude. Neste quadro, procura-se também estabelecer
pontes de diálogo e de cooperação com diferentes espaços regionais e seus
atores, como é o caso da União Europeia e da bacia do mediterrânio. A
circunstância da Fundação AIP estar envolvida no projeto SOLID – South Social
Med, que tem como objeto o diálogo
social, vinculando atores da Jordânia, Tunísia e Marrocos, no sul do
mediterrânio e um conjunto de países e instituições europeias, como é o caso da
Fundação AIP, constitui uma excelente oportunidade para dinamizar uma iniciativa
conjunta em torno do tema "Os atores do diálogo social e as outras
partes interessadas face à emergência da 4ª revolução industrial: a educação, o
emprego e a juventude”. Tratando-se de um tema com impacto global afigura-se do maior interesse e oportunidade
este espaço de diálogo e de interação euro-mediterrânica. O fluxo de migrantes
entre as duas regiões e a sua integração na sociedade, assim como a sua
proximidade à Europa justifica esta partilha de experiências.
2. Realidade e desafios da 4ª revolução industrial
Assiste-se atualmente à emergência de um novo paradigma sustentado na indústria 4.0 (ou 4ª
revolução industrial) e na transição
energética associada à descarbonização
da economia, com profundas
implicações a nível tecnológico, económico e social que alteram profundamente o
tempo e o modo como aprendemos, trabalhamos e competimos. A 4ª revolução
industrial é portadora de muitas oportunidades a nível do emprego e dos
negócios. Mas, de acordo com muitos dos centros de prospetiva, também é verdade
que, a par deste potencial criador e inovador, poderá ser rápida, disruptiva e
destrutiva. Tudo depende da capacidade proactiva dos agentes económicos, socias
e políticos para antecipar e enfrentar os desafios que se colocam. A pressão sobre
os sistemas de educação e formação e sobre o emprego far-se-ão sentir
profundamente. Neste contexto,
perspectiva-se que a aprendizagem terá uma componente tecnológica mais acentuada
e as relações professor aluno terão novos requisitos. Colocam-se , por
isso, novas exigências em relação ao acesso ao emprego, em particular por parte
da juventude, e, igualmente requisitos mais elevados quanto ao patamar de
qualificações e competências, alterando-se os perfis profissionais subjacentes
ao universo do trabalho. Novas profissões (por ex: engenheiro de indústrias
renováveis; profissionais de supercomputação; engenharia de robótica; mecânico
de carros elétricos ou autónomos; especialista em IoT; programador de
inteligência artificial; gestor de Chatbots; especialista em próteses e
implantes eletrónicos; etc.) estão a emergir. A digitalização
generalizada da economia vai ser uma realidade, alterando-se o tempo e modo
como as empresas competem. Exige-se maior agilidade e flexibilidade,
proliferando novos modelos de negócio assentes na NET para a afirmação em
cadeias globais de valor (CGV). O “trabalho 4.0” vai ser mais interconectado, mais digital
e mais flexível.
As empresas repensam o futuro perante mudanças, em muitos
aspetos radicais, devido a uma variedade de fatores: velocidade, escala e
imprevisibilidade da produção, assim como maior fragmentação e reorientação de
cadeias de valor, novas relações entre centros de investigação, novos modelos
empresariais, novas estratégias colaborativas entre empresas grandes e mais pequenas
(PME), novas formas de cooperação entre todos os níveis empresariais (conceção,
produção, vendas, logística, manutenção), necessidade de competências
atualizadas e novas, a par de novos métodos de trabalho, e ligações mais
estreitas entre a empresa e o utilizador. As indústrias tradicionais, por sua vez, enfrentam o desafio
de conceitos completamente novos. A “Internet das coisas” e os “sistemas
ciberfisicos” têm um papel instrumental fundamental nesta transformação profunda, proporcionando
uma profunda simbiose da indústria com os serviços.
É por isso que num mundo caracterizado pela
imprevisibilidade, mutabilidade e complexidade, importa refletir sobre o modelo
de Escola, bem como na responsabilidade de esta conseguir desempenhar papeis
acrescidos, não só na valência da formação cívica dos cidadãos, preparando-os
para ambientes sociais diversos como, especialmente, pelo tipo de formação
teórica e prática que lhes permita, pelo conhecimento e competências
adquiridas, ter ferramentas de adaptabilidade adequadas aos diferentes e
diversos ecossistemas que se hão-de deparar num futuro próximo.
3. O que pensam e o que propõem as partes interessadas
Os desafios da 4ª revolução
industrial, mais do que tecnológicos, são de natureza económica, social e
política. A importância do envolvimento das várias partes interessadas, e, em
primeiro lugar dos atores do diálogo social, assume a maior importância, tendo
em conta a sua capacidade de influenciar muitas das orientações e das políticas
em matéria de educação e formação ao longo da vida, emprego e juventude. De acordo com a Organização Internacional do
Trabalho (OIT), O diálogo social tripartido reúne trabalhadores, empregadores e
governo para discutir políticas públicas, leis e outras decisões que afetam o
local de trabalho ou os interesses de trabalhadores e empregadores. Nesta
perspetiva, o diálogo social mais aberto e mais amplo é o paradigma de
governação que promove a justiça social, relações de trabalho justas,
desenvolvimento sustentável e estabilidade social e política É por isso que o
surgimento deste Fórum anual se justifica para ajudar a antecipar o futuro,
marcar tendências e propor soluções.
Objetivos
Este Fórum
tem como objetivos:
•
Compreender
a problemática da transformação digital da economia subjacente à indústria 4.0
e perspetivar os desafios que se colocam a nível empresarial, económico, social
e político;
•
Antecipar
propostas e soluções suscitadas pela indústria 4.0 em matéria de qualificação
emprego e juventude, envolvendo as diferentes partes interessadas (uma
perspetiva multi-stakeholders);
•
Mobilizar
os atores do diálogo social e outras partes interessadas em torno de áreas
estratégicas de cooperação em matéria de educação, formação, emprego e
juventude;
•
Analisar
oportunidades de cooperação transnacional (intraeuropeia e extraeuropeia), em
particular no quadro euro-mediterrânico, em torno da qualificação, emprego, e
da juventude.
Metodologia
Este Fórum multi-stakeholders é
aberto a todas as partes interessadas, adotando um modelo que passa por
desenvolver trabalho prévio em Workshops especializados antes do dia oficial do
Fórum, 31 de março. Os contributos dos Workshops temáticos serão partilhados e
debatidos de forma aberta no dia 31 de março nos diferentes painéis.
Moderadores e relatores/animadores estabelecerão uma relação dinâmica com os
participantes dos Workshops, os vários especialistas convidados, representantes
institucionais do diálogo social e de outras instituições públicas e privadas,
nacionais e internacionais.
30 de março 2017
Programa
4ª Revolução Industrial: Aprender, Trabalhar e Competir
A visão das partes interessadas
14h30
(*)Sessão de abertura:
Presidente da Fundação AIP
Ministro do Trabalho e da
Solidariedade
WORKSHOPS:
[Os 3 Workshops propostos, a serem realizados por convite a um nº
reduzido de pessoas representantes dos stakeholders, são confrontados todos
eles com os 3 temas, tendo por base um bloco de questões relevantes. O debate e
as propostas daí resultantes serão contributos importantes para animar os
painéis do Fórum. Cada Workshop contará com 2
dinamizadores, um nacional e outro da parceria SOLID- South Social Med, e um
relator que fará a ligação aos painéis do dia 31 de março (Sugestão do projeto SOLID- para
análise) (*)
14:45
-17h30
Temas,
interrogações e desafios
v Tema 1: Trabalhar
o
O que vai ser o
trabalho do futuro? O que vai mudar no ecossistema das organizações? Em que
áreas do setor público e privado se vai criar e perder emprego? Qual o sistema
de valores de suporte à digitalização generalizada da economia e do trabalho e à transição energética? Como responder à
necessidade de novos perfis profissionais? Como vão as organizações (empresas,
universidades, …) fazer face à complexidade e à incerteza? Pode o emprego do
futuro ser considerado apenas numa perspetiva nacional? Tendo em conta as
exigências acrescidas de flexibilidade, existe ainda espaço para assegurar
níveis de proteção adequados? E como compatibilizar os interesses de
trabalhadores e empregadores neste quadro? O que se espera e o que podem fazer
as partes interessadas, nomeadamente os parceiros do diálogo social?
(*) Alterações introduzidas após a reunião
do Stearing Committe
v Tema 2: Aprender
o
Como perspetivar a
Educação e a formação na senda da 4ª revolução industrial? Como se vai aprender
e trabalhar no futuro face às exigências de uma panóplia de tecnologias
digitais? Como é que a educação e formação ao longo da vida pode fomentar o
acesso dos jovens e dos adultos ao mercado de trabalho? Que qualificações para
as novas profissões do futuro? Como
responder às crescentes exigências de interdisciplinaridade do conhecimento e
dos métodos? Como é que os sistemas de educação e formação equacionam a
interceção do trabalho 4.0 com a sustentabilidade, incorporando a tecnologia e
a inovação social?
v Tema 3: Competir
o
Como, com quem e onde
criar pontes de diálogo e compromissos estratégicos para antecipar respostas
partilhadas? Como e em que áreas dinamizar espaços de cooperação estratégica
entre a escola [centros de saber], as
empresas, o governo [e as suas
instituições autónomas] e a comunidade, para aprofundar espaços de
cooperação estratégica? Como equacionar a mobilidade internacional e a inclusão
de fluxos crescentes de migrantes? Qual a importância dos espaços de cooperação
regionais e internacionais? Qual a importância e alcance do diálogo e
cooperação euromediterrânica? O que se espera e o que podem fazer as partes
interessadas, nomeadamente os parceiros do diálogo social?
Constituição dos Workshops:
Workshop 1
Trabalhar
[As partes interessadas do Trabalho e
das Organizações]
[Constituído por
representantes de Associações Empresariais, Sindicatos, Associações de
RH; Câmaras de Comércio e Indústria (ex: C. C. Luso-Alemã); IEFP, ANQEP, IPSS,
organizações do universo da Ciência&Tecnologia, SOLID-South Social Med …]
Workshop 2
Aprender
[As partes interessadas dos Sistemas de Educação e
Formação]
[Constituído por representantes de
escolas e suas estruturas associativas, universidades e suas estruturas
associativas, organizações de formação e suas estruturas associativas,
instituições públicas autónomas (ex: IEFP, ANQEP …), associações de estudantes,
associações de pais, organizações ligadas à mobilidade europeia e internacional
dos estudantes, SOLID-South
Social Med …]
Workshop 3
Competir
[As partes interessadas da Cooperação
Transnacional na Educação e Formação]
[Constituído por representantes de
operadores de educação e formação (ex: universidades, institutos, centros de
formação, …), confederações e associações nacionais e setoriais, estruturas
sindicais e suas organizações, instituições públicas e privadas com intervenção
na cooperação transnacional na educação e formação, EU, Jaques Delors, Comissão
Fulbright parceiros do SOLID-South Social Med,…]
Fórum Futurália 2020
4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
:
APRENDER, TRABALHAR E
COMPETIR
“Os atores do diálogo social e outras partes
interessadas perspetivam a educação, o emprego e a juventude”
31 Março 2017
09h00
– Receção de Participantes
09h15
– Abertura (voz off e video 3 minutos)
09h20
: 10h45
Painel 1
Economia internacional, tecnologia e emprego:
o que vai mudar com a 4ª revolução industrial?
Keynote speaker: José Manuel Félix Ribeiro
Organização do painel: [(i)
jornalista/moderador introduz o tema, dinamiza o painel, passando a palavra ao
orador que faz a sua intervenção com limite máximo de 20 min.; (ii)
seguidamente serão suscitados dois ou
três comentários a especialistas que
integram a mesa em formato de plateau, com intervenções 5 minutos no máximo para os membros do
plateau, sendo um deles ao relator do 1º grupo de trabalho; (iii) depois, em
função do tempo disponível, o moderador vai interpelando alternadamente
representantes do painel, dos Workshops e da assistência, cujas intervenções
não poderão exceder 3 minutos]
Constituição do painel:
Moderador/animador: (convite a Jornalista: Ana Lourenço? Nicolau Santos? Luis Castro? Ana Sousa Dias? …)
Intervenções (do plateau) :
·
Relator Workshop1
·
Carlos Zorrinho
·
Jorge
Portugal-COTEC?
·
Ernst Young?
·
Celso
Carvalho-Startup Portugal/Portugal Ventures?
·
Paddy
Cosgrave-Websummit?
·
Representante Businessmed?
SOLID?
10:45
- Coffee Break
11:00 -13h10
Painel
2
Trabalho,
Qualificação e Cooperação Internacional:
desafios,
oportunidades e estratégias
Organização do painel: [(i) jornalista/moderador introduz o tema, modera e dinamiza o painel,
passando a palavra aos convidados
que estarão no plateau onde se incluem os relatores dos grupos de trabalho 2 e
3, que poderão fazer intervenções até 5 minutos,
em resposta a questões formuladas pelo moderador alinhadas com os Workshops do
dia anterior. As intervenções dos convidados que estão no plateau poderão ser
sequenciais ou alternadas com interpelações a pessoas dos Workshops e da
assistência feitas pelo moderador; (ii) seguidamente serão suscitados comentários e pequenas
intervenções, até 3 minutos, a especialistas,
representantes institucionais, empresas, etc.,
que se encontram na assistência, em particular os que estiveram nos WS
do dia anterior ]
Moderador/animador convite a
Jornalista: Ana Lourenço? Nicolau Santos? Luis Castro?
Ana Sousa Dias? …)
2 Intervenções :
Especialista com função de keynote
speaker do painel – 10 a 12 min(alto nível)
Relatores dos grupos de trabalho 2 e 3
(5 min cada no máximo
Representantes
de entidades dos sistemas de educação e formação
Representantes
de empresas, estruturas associativas (CIP, CCP, CTP, …) e de estruturas internacionais (OIT,…)
europeias (CEDEFOP…)e do projeto SOLID (Tunisia,
Jordânia e Marrocos)
Convidados
de estruturas da sociedade civil, enquanto partes interessadas na educação e
formação
Outros
representantes de entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras
Outros
Debate
13h10
ENCERRAMENTO
Contributos e recomendações do Fórum
Presidente
da Fundação AIP
Presidente
do Conselho Estratégico da Futurália
Ministro
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
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