II Fórum sobre o Futuro da Aprendizagem (Future of Learning) em Bruxelas

(artigo publicado na gazeta das caldas - janeiro 2019) 





Nos três últimos anos, muito por conta dos alarmes de relatórios internacionais dando conta de uma catástrofe mundial na destruição de empregos – abro parêntesis: - recentemente, no dia 17 de janeiro p.p. um seminário da CIP sobre o Futuro do Trabalho que precedeu a apresentação de um estudo, anunciava para Portugal o desaparecimento de 1,8 milhão de postos de trabalho até 2030, atingindo essencialmente as qualificações mais baixas e as tarefas rotineiras e administrativas.  Nada de novo, não fora a catástrofe e tenebrosa anunciação ser agora aligeirada com a contrapartida de que “outros tantos postos de trabalho serão, entretanto criados”. Fecho o parêntesis porque o meu ponto é outro.

Nesses relatórios vem espelhado que é preciso e urgente mudar os modelos de ensino – aprendizagem e adequá-los às necessidades de competências emergentes que, sabemos, muitas delas nem imaginamos quais sejam!

A União Europeia e a sua Comissão têm feito esforços no sentido de alocar financiamentos dos fundos europeus em prioridades que respondam a esses desafios. E é o que podem fazer, porquanto em assuntos de Educação/Formação/Aprendizagem não têm como impor normativos ou regras comunitárias. Tal é competência exclusiva de cada Estado da União. 


Para dia 24 de janeiro está anunciado o 2º Fórum sobre o Futuro da Aprendizagem (Future of Learning) em Bruxelas e muitos delegados dos diversos Países são esperados. De Portugal esperam-se cerca de 10 a 12 participantes (alguns estão mesmo envolvidos diretamente e a assumir papéis de condução e coordenação). Este Fórum  tem como base o trabalho do Painel Europeu de Especialistas em Educação e Formação, constituído por especialistas independentes de toda a Europa. Os membros do painel apresentarão as suas conclusões sobre seis desafios (a saber: -demografia; inclusão e cidadania; mudança tecnológica e o futuro do trabalho; digitalização da sociedade; preocupações ambientais; investimentos, reformas e governança).

Uma oportunidade de fornecer contributos para a preparação do novo quadro de cooperação em matéria de educação e formação da UE para além de 2020. O Fórum destacará também algumas das principais iniciativas da União Europeia que impulsionam o futuro da educação e da formação futuras, incluindo a aprendizagem não formal e informal, em particular através do programa Erasmus. Mas, porque se demora tanto a mudar o que é mais que óbvio e necessário?isso é assunto para outra crónica noutro tempo.

 Etelberto Costa (Janeiro 2019)

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A publicação Estado da Educação 2017 apresenta-se, este ano, organizado conforme a estrutura das atuais comissões, orientada para os destinatários. Pode aceder e descarregar AQUI (bem como respetiva imagem): : http://www.cnedu.pt/pt/

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

  

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